|
A Raça Asinina de Miranda
Desconhecida da maioria das pessoas, a "Raça Asinina de Miranda" é a única raça de burros autóctone portuguesa.
A área geográfica de implantação, conhecida como o "solar da raça", é o nordeste de Portugal, distrito de Bragança, o planalto mirandês, nomeadamente concelhos de Bragança, Miranda do Douro, Vimioso, Mogadouro.
Pensa-se que o aparecimento desta raça se deu nesta zona porque reúne as condições ambientais e de isolamento propícias e se manteve ali devido às características geográficas e agrícolas do terreno, aliado aos factores sócio-económicos da região.
São animais inteligentes, astutos, pacientes, sóbrios, serviçais com grande resistência ao trabalho, muito curiosos e sobretudo, muito leais a quem os trata bem.
Reconhecem com facilidade o seu dono, especialmente na hora das refeições em que transmitem sonoramente, com grandes zurros, a sua intransigência aos atrasos.
Relacionam-se particularmente bem com as crianças.
Actualmente em Portugal existem apenas cerca de 800 fêmeas reprodutoras, com idade média de 20 anos e em que a idade média dos donos é de 72 anos!
Esta é uma das razões porque é considerada uma raça em perigo extremo de extinção!
Características zootécnicas:
Animal bem conformado, com manifesta acromegalia, corpulento e rústico;
Altura média, medida com hipómetro ao garrote, nos animais adultos:
> 1,20 m. (a altura recomendável é 1,35 m.);
Pelagem castanha escura, com gradações mais claras nos costados e face inferior do tronco;
branca no focinho e contorno dos olhos;
Hirsutismo acentuado com pêlo abundante, comprido e grosso, aumentando em extensão e abundância nos costados, face, entre-ganachas, bordos das orelhas e extremidades dos membros;
Crinas abundantes;
ausência de sinais;
Temperamento dócil;
Cabeça volumosa e ganachuda de perfil recto;
fronte larga e levemente côncava na linha mediana, coberta de abundante pêlo (chegando a formar-se sobre a fronte uma espécie de “franja”);
Arcadas orbitárias muito salientes;
face curta de chanfro largo;
canal entre-ganachas largo;
lábios grossos e fortes;
Orelhas grandes e largas na base, revestidas no seu bordo interior de abundante pilosidade, arredondadas na ponta (formando uma espécie de borla) e dirigidas para a frente;
Olhos pequenos, dando ao animal uma fisionomia sombria.
Pescoço curto e grosso;
Garrote baixo e pouco destacado. Dorso tendendo para a horizontalidade, curto e bem musculado. Peitoral amplo com quilha saliente. Tórax profundo. Costado encurvado. Garupa em ogiva mais elevada que o garrote, pouco destacada. Espáduas curtas e bem desenvolvidas, com ligeira inclinação;
Ventre volumoso.
Membros grossos de articulações volumosas, providos de pêlo abundante cobrindo os cascos, machinhos bem desenvolvidos; membros posteriores com tendência a serem estendidos e um pouco canejos; cascos amplos;
Andamentos de grande amplitude mas lentos, pouco ágeis.
|
|
 |




Portugal

|